A Samarco continua tomando todas as providências definidas pelo Ministério Público, Iema, Projeto Tamar e Instituto Chico Mendes para para direcionar a pluma de turbidez para o mar e proteger a fauna e a flora na foz do Rio Doce.
A recomendação dessas instituições e organizações ambientais é deixar a pluma de turbidez chegar ao mar, local mais adequado para recebê-la. Segundo os especialistas, a diluição do material será mais rápida em função do volume de água, ao contrário do que aconteceria se ele ficasse estacionado no estuário.
Para isso, a Samarco está fornecendo equipamentos para abertura do banco de areia que impede a chegada do rio ao mar no lado sul da foz. Quatro máquinas trabalham 24 horas por dia nas escavações, com apoio de uma draga e bombas que ajudam no bombeamento da pluma. Os nove mil metros de barreiras continuam sendo instalados em sentido longitudinal nas duas margens do rio e algumas ilhas localizadas no estuário. Cabe ressaltar que o objetivo das barreiras é isolar a fauna e a flora que vivem nesse entorno, sem que impeça a chegada da pluma ao mar.
Ações realizadas pela Samarco, definidas por órgãos públicos e instituições ambientais:
- Remoção de bancos de areia localizados próximo à foz, para que o fluxo da pluma de turbidez não encontre obstáculos para chegar ao mar.
- Instalação de nove mil metros de barreiras offshore e sea fence nas duas margens do Rio para proteger a fauna e a flora quando da passagem da pluma de turbidez.
- A instalação das barreiras teve início na parte sul da foz, em Regência, e segue até Povoação, na região de Linhares.
- Foi realizado mapeamento das áreas e ecossistemas da região da foz, que orientou a definição do melhor tipo de barreira a ser utilizado em cada ponto. O planejamento também considerou a velocidade da corrente e profundidade do rio nesses locais.
- Quatro frentes de trabalho, com mais de 50 pessoas e diversas embarcações atuam simultaneamente na instalação.
- Estão sendo instaladas barreiras que variam de 60 cm até 2,1 metros de altura. A altura é adaptada à profundidade de cada ponto de instalação, o que permite uma melhor contenção da pluma.
- As contenções são feitas de lona 100% impermeável e fixadas no fundo do rio. Têm alta resistência, sendo capazes de suportar ventos de 20 km/hora e ondas de 3 metros. Elas são largamente utilizadas em acidentes com derramamento de óleo e possuem muita eficácia para este propósito.
- A partir de 21 de novembro, será iniciado o monitoramento aéreo da área por meio de um equipamento chamado OceanEye. Trata-se de um balão inflado com gás hélio equipado com câmera, que contém um sensor triplo capaz de produzir imagens de alta resolução em tempo real, dia e noite, com coordenadas georreferenciadas, que geram um mapeamento preciso da região.
- Para realizar o planejamento da ação, a Samarco contratou uma empresa internacional especializada em emergências ambientais, com atuação em eventos como Furacão Katrina e alagamento de Nova Orleans, nos Estados Unidos. A operacionalização está sendo feito por companhia internacional especializada em proteção ambiental no mar e rios do Brasil.