28/11/2015
A pluma de turbidez atingiu uma área de 26,7 km² na região da foz de Linhares, sendo 25 km ao norte, 6,9 km a leste (mar adentro) e 4,7 km ao sul (foz). Este foi o resultado do sobrevoo da última sexta-feira, 27/11, realizado por empresa especializada em aerolevantamento e georreferenciamento contratada pela Samarco. Até o momento, a pluma se encontra na região de Linhares (ES) e, de acordo com o coordenador de monitoramento do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia, Eduardo Topázio, é extremamente remota a possibilidade da lama chegar ao litoral sul da Bahia, principalmente nas praias de Itacaré, Alcobaça e Abrolhos, conforme nota publicada no site da instituição.
O avanço da pluma depende do comportamento das ondas e da direção do vento e, por este motivo, toda a sua extensão está sendo monitorada, diariamente, através de uma modelagem computacional, ferramenta que é alimentada por informações de campo através de condições meteorológicas e comportamento do mar. Essa modelagem simula qual é o potencial efeito das partículas que estão chegando ao oceano e o potencial alcance da pluma. A corrente do mar, a vazão da pluma, o percentual de sólido e a turbidez também estão sendo acompanhados. Além disso, amostras da água, do sedimento e da biota (conjunto de todos os seres vivos da região) estão sendo coletadas e levadas para análise.
O trabalho de monitoramento recebeu o reforço da Marinha Brasileira, que levou o navio de pesquisa Vital de Oliveira para a foz do rio Doce, localizada no município de Linhares (ES). Os pesquisadores irão auxiliar na caracterização física, química, biológica e geológica da região. Todo o trabalho que vem sendo feito pela Samarco foi apresentado, em 25/11, em um Workshop sobre “Enfrentamento e Impactos Ambientais dos Rejeitos de Mineração na Bacia da Foz do Rio Doce”. Promovido pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), o evento, que aconteceu na Capitania dos Portos do Espírito Santo, reuniu representantes do Iema, Ibama, Polícia Ambiental do Espírito Santo, Projeto Tamar, Corpo de Bombeiros, Universidade Federal do Espírito Santo e Samarco, com a proposta de avaliar os impactos do ocorrido no meio ambiente e pensar em ações de médio e longo prazo para a recuperação da fauna e flora da região.