14/10/2019
Oferecer um produto a partir do rejeito da mineração que possa ser usado em obras de engenharia, como pontes e rodovias, e tenha durabilidade e resistência. Com esse desafio surgiu a GMTech, startup participante da primeira edição do Desafio Minerall. No início, a proposta da startup era produzir, a partir do rejeito da mineração, um agregado arenoso para cimento e correlatos. Após muita evolução e troca de conhecimento, a equipe conseguiu avançar na criação de uma argamassa de base geopolimérica com maior durabilidade e resistência, além de secagem rápida e ambientalmente sustentável.
Athos Lima (graduando em engenharia química na Uni-BH e Diretor Executivo), Igor Ferreira (graduado em engenharia de minas na UFMG e Diretor de Produto), Larissa Torquato (estudante de engenharia química na Uni-BH e Diretora de Operações) e Caroline Prates (doutoranda em química inorgânica pela UFMG e Diretora Técnica) explicam que não foi tão simples chegar até essa solução.
Athos conta como foi essa jornada até chegar à argamassa de base geopolimérica. “Com uma proposta de tecnologia hard science, não tem sido fácil desenvolver o produto de fato. Muita pesquisa, diversas tentativas e alguns erros têm feito parte deste processo. Mas acreditamos no potencial do que temos desenvolvido e buscamos a cada dia novas maneiras para tornar tudo isso possível, chegar de fato em um produto comercializável dos pontos de vista econômico, social e ambiental”, afirma.
Em duas ocasiões ao longo das etapas do Desafio MinerALL, eles se depararam com a necessidade de pivotar o negócio. Para um empreendedor, o uso desse termo implica em uma mudança estratégica radical – seja ela de mercado, de nicho ou, no caso da GMTech, de ambos. “Empreender é arte, pivotar faz parte”, pontua Larissa sobre os aprendizados obtidos durante o processo.
Formação
Por possibilitar à GMTech e às demais startups participantes a oportunidade de vivenciar condições reais do mercado e ter contato com um networking qualificado, o Desafio MinerALL tem capacitado jovens como Athos, Igor e Larissa a agir em prol do futuro da mineração.
“O Desafio tem nos aberto portas nos mais diversos setores da sociedade. Hoje, mantemos relações importantes com grandes empresas do setor bem como com o poder público. Os aprendizados são constantes e sempre enriquecedores, formando não apenas um novo profissional para o mercado, mas também um cidadão que passa a enxergar o mundo com novos olhos”, diz Athos.
Sobre o Desafio
O projeto de inovação aberta Desafio MinerALL é liderado pela Samarco, pela aceleradora corporativa Neo Ventures e pelo Escalab, centro de escalonamento de tecnologias. Conta com o apoio da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT Midas). Em breve, acompanhe a trajetória da Reuse, quarta startup da atual edição.