07/05/2016
Representantes das 226 famílias que moravam em Bento Rodrigues (distrito de Mariana), elegeram hoje, 7 de maio, o local onde a nova comunidade será construída. Com 92% dos votos, a área denominada de Lavoura foi a escolhida. Os critérios para a votação foram definidos em conjunto com os moradores e representantes do Ministério Público. Essa é mais uma etapa das ações de reconstrução desenvolvidas pela Samarco após o rompimento da barragem de Fundão.
A área escolhida possui 350 hectares e está localizada na rota da Estrada Real, a cerca de 8 quilômetros de Mariana e a 9 quilômetros do antigo distrito de Bento Rodrigues. Lavoura oferece topografia adequada, facilidade de acesso a transporte público, oferta hídrica e proximidade de nascentes e solo de qualidade para plantio e criação animal.
“Essa escolha de hoje coroa um processo que começou em janeiro, com reuniões com a comunidade para ouvir as opiniões e necessidades das famílias. Nada foi imposto. Agora, daremos continuidade ao processo e faremos todo o possível para concluir as construções o mais rapidamente possível”, afirma José Luiz Furquim, líder dos programas socioeconômicos da Samarco.
O processo até a eleição do terreno foi rigoroso, uma vez que era necessário ouvir as demandas de todos os cerca de 700 moradores do distrito. Foram realizadas 37 reuniões, duas assembleias gerais e dois programas de visitas aos terrenos pré-qualificados: Lavoura, Carabina e Bicas.
Para Antônio Pereira Gonçalves, Membro de Comissão de Moradores de Bento Rodrigues, o processo eleitoral foi fundamental para legitimar a escolha da comunidade. “A comunidade já apontava sua escolha para um dos terrenos, mas o processo foi fundamental para confirmar a preferência. Esse é o terreno mais próximo a Bento, com boa terra para plantio e rica em água. Na Lavoura, a gente se sente em Bento Rodrigues”, disse.
Atendendo a uma solicitação do Ministério Público de Minas Gerais, será realizado aprofundamento dos estudos técnicos de viabilidade da área. O passo seguinte, em conjunto com os moradores, será a definição do projeto urbanístico do local, onde serão edificadas casas e também espaços comuns, como praças, escolas, postos de saúde, templos religiosos e campos de futebol. Segundo o acordo assinado com os governos federal, de Minas Gerais, do Espírito Santo e com outras entidades governamentais, a Samarco tem três anos para reconstruir o distrito. Mas a Samarco não poupará esforços para concluir as edificações o mais rapidamente possível.
Confira a seguir como foi o processo de escolha do terreno de Lavoura: