27/11/2015
Laudos do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e de empresa especializada SGS Geosol atestam que os rejeitos não oferecem riscos à saúde humana e ao meio ambiente.
Análises dos sedimentos do rio Doce e do rejeito proveniente da barragem de Fundão, operada pela Samarco, mostram que em nenhum dos materiais há aumento da presença de metais que poderiam contaminar a água.
As análises dos sedimentos no rio, feitas pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) entre 14 e 18 de novembro, apontam que não houve aumento na presença de metais pesados na água e nos sedimentos em relação aos dados de 2010 também coletados pelo CPRM. Foram analisados 53 elementos químicos e os resultados obtidos foram comparados com a Resolução CONAMA 454/12, que orienta a classificação dos sedimentos em rios e mares do Brasil. Os resultados mostraram que o material sedimentado nos rios por onde passou a pluma de rejeito – trecho entre Gesteira e Cachoeira Dantas – apresentaram valores de metais abaixo dos valores orientativos para Nível 2 para sedimentos de água doce. Isso significa que o material sedimentado no rio Doce não apresenta perigo para o meio ambiente.
Já o rejeito proveniente da barragem de Fundão foi analisado pela SGS Geosol – empresa especializada em análise ambientais e geoquímicas do solo. O laudo confirma que o material não oferece perigo para as pessoas, com base na classificação da periculosidade do material (ABNT 1004). As amostras foram colhidas em diversos pontos próximos ao local do acidente para melhor representar o rejeito que havia nas barragens. Essas análises mostraram que o rejeito não é tóxico e não apresenta periculosidade à saúde humana, tendo em vista que não disponibiliza contaminantes para a água, mesmo em condições de exposição à chuva. Além disso, por ser inerte a todos os metais (exceção de ferro e manganês, característicos para a geologia da região), pode-se concluir que o material não contribui com aumento dos demais metais na água.