25/11/2015
Desde 2002, a Samarco é signatária do Pacto Global no Brasil. A empresa respeita o direito de expressão da ONU, porém afirma que todas as medidas estão sendo tomadas para prestar assistência emergencial às famílias e comunidades afetadas e para a mitigação das consequências socioambientais desse acidente, com total compromisso perante a sociedade.
Laudos sobre os rejeitos
A Samarco informa ainda que, desde a ocorrência do acidente em sua Barragem de Fundão, em 5/11, vem permanentemente informando à sociedade, autoridades e imprensa que o material proveniente das barragens não apresenta perigo à saúde humana, conforme atestados oficiais anteriores à ocorrência. Esse material, proveniente do processo de beneficiamento do minério de ferro, é composto basicamente de água, partículas de óxidos de ferro e sílica (ou quartzo).
Novos resultados de análises solicitadas pela Samarco, após o acidente, à SGSGeosol Laboratórios – empresa especializada em análises ambientais e geoquímicas de solos, confirmam que o rejeito proveniente da barragem do Fundão não oferece perigo para as pessoas. As amostras foram coletadas no dia 8 de novembro, em locais próximos a Bento Rodrigues, Monsenhor Horta, Pedras, Barretos e Barra Longa, em Minas Gerais, e analisadas segundo a norma brasileira ABNT NBR 10004:2004. Estes locais foram definidos para a coleta por serem os mais próximos ao acidente e, portanto, suas amostras representam melhor o material que estava depositado na barragem.
Os testes simulam diversas situações, como manuseio do rejeito por qualquer pessoa sem cuidados especiais, exposição a chuvas por vários anos e contato com águas correntes, como enxurradas. O material também foi analisado para medir seu índice de acidez, neutralidade ou alcalinidade (pH), sua corrosividade e a possibilidade de gerar reação violenta, como uma explosão. Além disso, foi verificada se há presença das seguintes substâncias: alumínio, arsênio, bário, cádmio, chumbo, cianeto, cloreto, cobre, cromo, ferro, fluoretos, manganês, mercúrio, nitrato, prata, selênio, sódio, sulfato, zinco, fenóis, coagulantes e floculantes.
Após as análises de todos esses parâmetros, o rejeito presente em Bento Rodrigues, Monsenhor Horta, Pedras, Barretos e Barra Longa foi classificado como não perigoso. Isto significa que o material analisado não apresenta periculosidade à saúde humana, tendo em vista que não disponibiliza contaminantes para a água, mesmo em condições de exposição a chuvas.
Os resultados também mostraram que o rejeito coletado em Bento Rodrigues possui ferro e manganês acima dos valores de referência da norma, mas ainda abaixo dos valores considerados perigosos. Entretanto, como na região de Mariana e Ouro Preto o solo é rico nestes dois elementos, estes resultados já eram esperados. É importante ressaltar que a norma ABNT 10004:2004 utiliza valores de referência com base na realidade de todo o Brasil, inclusive regiões de solos pobres em ferro e manganês.
Os laudos já foram encaminhados ao IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e de Recursos Renováveis) e à ANA (Agência Nacional de Águas).