13/12/2016
A Samarco dividiu suas ações entre a recuperação das estruturas danificadas e as obras de contenção. Com essas medidas, a Empresa visa garantir a segurança das estruturas, bem como reter os rejeitos que estão em sua área. Esse trabalho está interligado ao Plano de Recuperação Ambiental Integrado (PRAI), que concentra as medidas que têm como objetivo final a recuperação dos rios e das áreas impactadas.
Obras de reforço e melhoria estão em curso em quatro estruturas que foram prejudicadas pelo rompimento: os Diques de Sela, Tulipa e Selinha, assim como a barragem de Santarém, que fica mais abaixo. Além das recomposições das partes erodidas, o trabalho realizado tem viés preventivo, o que inclui, entre outras ações, o reforço de paredes e obras de novas estruturas de drenagem. Algumas intervenções foram concluídas e as que restam têm previsão de entrega até meados de 2017.
Outras mudanças se relacionam ao monitoramento das barragens. A unidade de Germano recebeu equipamentos para a inspeção dos diques e demais estruturas de barragem. Novas câmeras, cinco radares de precisão milimétrica, estação meteorológica, drones e acelerômetro possibilitaram o envio de mais informações para a sala de monitoramento, onde uma equipe de 55 profissionais acompanha, 24 horas por dia, a situação das áreas remanescentes das barragens. Vinte sirenes também foram instaladas, cinco na planta e 15 em localidades situadas entre a barragem e a cidade de Barra Longa. A população local foi instruída sobre como proceder e chegar aos pontos de encontro quando soar o alerta desses mecanismos.
As obras de contenção de sedimentos é prioridade para a Samarco. É preciso evitar que os rejeitos que permaneceram em Fundão cheguem ao reservatório da Usina de Candonga e prejudiquem a dragagem ali realizada. Em fevereiro deste ano, a Samarco finalizou a construção de duas barreiras de contenção de sedimentos, a S1-A e a S2-A, localizadas após a barragem de Santarém, dentro da área da Empresa. A construção do Dique S3, no córrego Santarém, foi concluída em 21 de fevereiro e foi alteada, o que aumentou sua capacidade de contenção para 800 mil metros cúbicos.
Quatro barreiras estão sendo construídas dentro da barragem de Fundão para diminuir a velocidade de movimentação dos rejeitos remanescentes, caso isso ocorra. A Barreira 2 foi concluída, enquanto a 1 e a 3 estão em obras. Quando finalizadas, terá início o trabalho na estrutura 4.
Estão previstas outras intervenções, que já estão em execução. Entre elas, o erguimento de mais uma estrutura de contenção, o Eixo 1, e a nova barragem de Santarém. O Dique S3 também está em obras, recebendo um novo alteamento, o que aumentará a sua capacidade de contenção para 800 mil metros cúbicos.
Em setembro de 2016, o Governo de Minas Gerais autorizou a Samarco a construir mais um dique, o S4, que estará localizado em Bento Rodrigues. A Empresa foi autorizada a utilizar propriedades já impactadas pelos rejeitos no distrito, para a construção da estrutura de caráter temporário e o consequente alagamento. O muro de pedras existente no distrito, datado do século XVIII, está preservado por uma cobertura. Já a ruína da Capela São Bento e o Cemitério de Bento Rodrigues não serão alagados.
Com o Dique S4, completa-se o sistema emergencial de retenção de sedimentos, do qual fazem parte os Diques S1, S2 e S3 e a barragem Nova Santarém, além das estruturas de Fundão: o Eixo 1 e as quatro barreiras internas.