18/09/2019
Embora possuam similaridades em termos de processos e resultados obtidos, o Desafio MinerALL e o Mining Hub constituem iniciativas distintas. Enquanto a primeira diz respeito a um projeto de inovação aberta, conduzido pela Samarco e pautado por um único tema a cada edição, a segunda iniciativa reúne 23 mineradoras até o momento, além de fornecedores e iniciativas de base tecnológica, em torno de seis eixos temáticos. A seguir, detalharemos as principais diferenças entre elas.
O Desafio MinerALL, em sua primeira edição, possui relação direta com dois compromissos da Samarco. Um deles é com o aproveitamento do rejeito proveniente do beneficiamento do minério de ferro, previsto em seu Plano de Aproveitamento Econômico (PAE). O outro, por sua vez, está relacionado ao Programa de Apoio à Diversificação Econômica (PADE), no qual constam: a atração de negócios a partir dos rejeitos; o fortalecimento do ecossistema de gestão e de empreendedorismo; e o apoio à diversificação econômica de Ouro Preto e Mariana.
Em linhas gerais, sua proposta é modelar negócios e escalonar soluções capazes de direcionar esse aproveitamento de rejeitos de maneira sustentável, para outros mercados. Assim, o Desafio visa construir uma ponte entre as tecnologias e o mercado por meio do empreendedorismo universitário.
Nesta primeira edição, cuja fase inicial foi lançada em agosto de 2018, foram 414 inscritos e 17 equipes — cada qual baseada em uma tecnologia — que passaram por etapas de imersão, modelagem de negócios e pré-escalonamento das soluções. A Neo Ventures, aceleradora corporativa, trouxe a metodologia que contribui com o planejamento de negócios, o levantamento de impactos ambientais e sociais, as validações de dores de mercado e a definição do MVP (sigla em inglês que significa produto viável mínimo) e do projeto conceitual, entre outros marcos. Ao todo, foram mais de 35 atividades, considerando mentorias, treinamentos e bancas de avaliação.
Das 17 equipes originais, 13 apresentaram seus projetos no Demoday da fase de pré-aceleração no dia 13/12/18. Dessas, seis foram escolhidas para seguirem para a fase de aceleração e pré-escalonamento e quatro apresentaram seus pitchs focados em soluções desenvolvidas a partir de rejeito inerte e não perigoso, pertencente à categoria II B, seja lama ou rejeito arenoso. As quatro equipes finalistas estão pensando em se estruturas num arranjo produtivo local chamado Complexo MinerALL, que será primeiro complexo de aproveitamento de rejeitos do mundo.
As startups contam com o interesse de instituições, prefeituras e empresas, além de acordos com a própria Samarco.
O Mining Hub é uma iniciativa que congrega o setor da mineração, com várias mineradoras participantes (até o momento 23), sendo a Samarco uma delas, fornecedores e startups. Os objetivos são aumentar a interação e colaboração entre os atores da cadeia da mineração, compartilhar conhecimento e buscar solução conjunta para desafios comuns.
Dentre seus programas, o Mining Hub conta com o M-Start que visa incentivar soluções para desafios do setor de mineração, em contato com iniciativas de inovação aplicada (startups e empresas de base tecnológica). Os desafios são trazidos pelas mineradoras participantes, sendo que aqueles com o maior número de votos possuem maiores chances de fazer parte do programa M-Start. As mineradoras têm a oportunidade de apadrinhar startups, colaborando para que tenham as condições necessárias para desenvolver suas soluções.
Este programa é organizado em torno dos seguintes eixos temáticos: desenvolvimento social; eficiência operacional; fontes de energia alternativa; gestão de água; gestão de resíduos e rejeitos; e segurança: operacional e SSO. Sua dinâmica obedece à seguinte linha do tempo:
O calendário do Mining Hub contempla, além dos Demodays e avaliações de provas de conceito (POCs) das startups, eventos diversos, tais como: C-Hour, dedicado a executivos C-Level; workshops de inovação; tech days voltados a públicos de áreas como Direito, Comunicação e Suprimentos; palestras e visitas guiadas, entre outras.